O fascismo e o nazismo na História

O fascismo foi um fenômeno que aconteceu na Europa e que surgiu como um movimento social. Como ideologia, combatia o individualismo, o liberalismo, o marxismo e o capitalismo selvagem, praticado puramente com objetivo de ganho privado. Para substituí-los, o fascismo defendia o primado do grupo, em especial da nação-estado, como o núcleo que definia e proporcionava alicerce à vida social e individual. Em alguns países tornou-se uma forma de governo, como na Itália e na Alemanha nazista. Estes países eram governados por líderes carismáticos, comumente vistos como corporificação da identidade nacional; assim, buscava-se obter controle sobre todos os aspectos da vida social, da família à economia, religião e educação. A fim de justificar e atingir esses fins, os Estados fascistas dependiam fortemente de ideologias racistas e de supremacia, e faziam uso extenso de forças militares e da polícia e o potencial de ambas as instituições em vigilância, violência, terrorismo e eliminação de massa de toda e qualquer oposição (JOHNSON, 1997, p.108).

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O nazismo é o fascismo desenvolvido na Alemanha. Foi um regime político de caráter autoritário que influenciou toda História mundial. Foi baseado na doutrina formulada por Adolf Hitler, que orienta o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Nacionalista, defende o racismo e a superioridade da raça ariana; nega as instituições da democracia liberal e a revolução socialista; e luta pelo expansionismo alemão.

O nazismo na Alemanha se mostrou de maneira mistificada para a maioria da população, o que deu forças e respaldo a ele. Fazendo alusão ao texto de Baudrillard, percebemos que todo o movimento fascista ocorreu devido ao fenômeno das massas surgido na modernidade. Este é um fenômeno que não se revela plenamente, é algo neutro, que não tem vida própria. A massa é heterogênea, composta por indivíduos, independentemente da classe social.

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Assim, podemos concluir que nos movimentos fascista e nazista a massa foi muito influenciada pelos líderes e por essa razão estes movimentos aconteceram e tiveram uma grande força. Isso aconteceu porque as massas recusam a tarefa de buscar o sentido dos signos apresentados, buscam sentidos pré-formulados e, de preferência, sob a forma de espetáculo. O espetáculo já vem cheio de sentido, ou seja, ele poupa trabalho para a massa, pois faz a escolha para ela, diz o que é importante.

A massa é um não ser, ela só existe enquanto silêncio e se move apenas através de estatísticas e sondagens, ou seja, a consistência da massa é forjada, ela é manipulada. Diferentemente, sujeito é aquele que reflete sobre a realidade e é somente ele (não podemos dizer, por exemplo, que a massa é alienada) que pode se alienar, uma vez que a alienação é um estado de consciência daquele que significa, é distanciar-se das necessidades concretas.

 

Fontes:

BAUDRILLARD, J. À sombra das maiorias silenciosas. Editora Brasiliense, s/d.

JOHNSON, A.G. Dicionário de sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997, p.108.

 

Assista ao filme alemão A Onda; leia os livros Diário, de Anne Frank, e O Diário de Helga e conheça outras versões sobre o nazismo e relatos de quem o vivenciou. O livro O inverno do mundo também dá uma boa visão sobre o que foi esse período histórico.